sexta-feira, 31 de julho de 2009

Gata em Teto de Zinco Quente


Friozinho, nada na TV.... ontem a noite bareu uma vontade danada de ver um filminho. Me empolguei tanto, que acabei assistindo 2! Comecei com Gata em Teto de Zinco Quente, filme que amo. Então, sem enrolação, bora falar do filme.
Encontrei imagens tão boas do filme pela web, que não resisti e esse post, terá mais de uma foto.

O filme gira em torno de uma família, que se reúne no aniversário do patriarca rico, que volta de uma clinica de sáude e pode estar com uma grave doença. Diante disso, todos os personagens mostram o seu pior e melhor. O foco principal é no filho alcolatra e sua mulher, que vivem um casamento extremamente conturbado. Paul Newman e Elizabeth Taylor estão maravilhosos, em todos os sentidos.
Vale a pena prestar atenção:


Roteiro: baseado na peça de Tennesse Williams, tudo acontece praticamente em um dia, intensificando-se em uma noite, com muito dinamismo. Os dialógos são o foco principal, bem elaborados e os personagens psicologicamente complexos. A cada vez que assisto me encanto mais, e consigo enxergar melhor o lado psicologico de cada personagem, inclusive os menos explorados. Nas cenas finais, todos se mostram como realmente são.



Paul Newman e Elizabeth Taylor: Os dois estão divinos em todos os sentidos. Como Brick, Paul Newman faz, na minha opinião, um dos melhores bêbados do cinema. Seu olhar de desprezo, vazio diante das queixas da bela Maggie. Elizabeth Taylor, além de linda, está ótima como a esposa que se humilhante para o marido que a despreza.




Coadjuvantes: Vale prestar atenção no irmão de Brick com sua esposa e filhos, que fazem de tudo para agradar o "Velho", pensando na herança do mesmo.



Curiosidade: No original, Brick tem um forte traço homossexual, que foi cortado do filme devido a censura da época. Provavelmente por isso Tennesse Williams detestou tanto a versão cinematográfica que fez publicidade contra o filme, na época em que foi lançado.

O que mais me incomoda no filme é a horrível tradução do o título: alguém me manda uma foto de uma Gata em Teto de Zinco Quente, por favor? Bom, esse filme certamente está entre os meus top 10 Drama. Na minha opinião, é um dos melhores dramas que já assisti. Roteiro dinamico, dialógos ótimos, personagens complexos - é, isso sim é cinema, isso sim é um bom filme: uma boa história, muito bem contada.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Oh, Gigi


Comprei esse filme há uns 5 anos ou mais, e foi quando o assisti pela primeira vez. Confesso que me decepcionei, afinal de contas o filme me deu sono, o que é dificil de acontecer. Achei o roteiro fraco, a Leslie Carrol feinha e as músicas chatinhas. Semana passada, resolvi rever o filme pela primeira vez e, para minha surpresa, gostei e muito do filme. Definitivamente, na primeira vez que o assisti, eu não estava em um bom dia, afinal de contas, não tem como não gostar de um dos bons e velhos musicais da Metro. Aliás, o filme ganhou 9 estatuetas, incluindo melhor filme e melhor diretor.
A história acontece na Belle Époque, no começo do século passado. Gigi é uma jovem treinada pela sua avó e tia para ser uma grande dama. Mas ela não é nada mais do que uma meninota levada, brincalhona e cheia de vida que acha as lições de etiqueta uma grande chatice.
Bora falar mais do filme.

  • Roteiro: como em todos os musicais, nada mais é do que um romance bobinho. Mas ta bem amarradinho. As músicas entram sutilmente no roteiro, em alguns casos são quase "faladas" e a falta de cenas coreografadas é compensada por uma fotografia maravilhosa. Me encantou muito.Pensando sobre o roteiro, esse filme seria meio "pedófilo", e hj não seria nem indicado ao Oscar pq seria politicamente incorreto..... interessante.
  • Leslie Caron: interessante como atrizes já "velhas" interpretavam papéis de adolescentes sem nenhum problema. Leslie já tinha 23 anos, e fazia o papel de uma adolescente ainda no colégio! Hj é estranho, na época era comum e definitivamente não estraga o encanto do filme.
  • Maurice Chevalier: cativante, encantador e com uma voz deliciosa!
  • Músicas: Contagiantes! Não sei como não gostei da primeira vez que vi. A música "Gigi" ganhou o Oscar e é demais!
Como em outros filmes da época, a história acontece em Paris mas é todo em inglês. No entanto, é muito mais plausível do que a novela que acontece na India com todo mundo falando em português (pior que eu ODEIO novela, e todas as minhas amigas noveleiras de plantão ficam bravas com esse meu comentário). Confesso que isso de certa forma me incomoda, mas é só entrar no clima e se deixar envolver por Paris.

Curiosidade: a primeira opção para interpretar Gigi foi a Audrey Hepburn, que não aceitou o convite por estar rodando na época Cinderela em Paris (1957). Nada contra a Leslie, mas provavelmente eu teria me apaixonado com o filme tendo Audrey como Gigi....

Sinceramente, não sei dizer se o filme está em alguma das minhas listas. Gostei, me diverti, vou assistir mais algumas vezes...... mas não me encantei o suficiente. Com certeza, existem filmes melhores p/ entrar nas listas. Em todas as categorias.