quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira

O blog mal começou e já ta desatualizado..... enfim, ando me rendendo a outra paixão, mas vou me esforçar mais para conciliar as 2.....

Nesse meio temo, assisti a alguns filmes..... bora começar

Cegueira Branca

O filme é tão bom, mas tão bom...... que nem tem muito o que falar. Não li o livro, portanto, não tive nenhu pré-conceito antes de ver o filme. 
A história, a priori, parece algo simles: uma cidade é tomada por uma epidemia de cegueira. Assim mesmo, de uma hora para outra, as pessoas vão ficando cegas. E isso gera, literalmente, o caos. Afinal de contas, estamos falando de uma cidade inteira, sem nenhuma acessibilidade e todos ficando cegos sem nenhum suporte, como aulas de braile, cão guia ou algo do tipo. É cada um por isso no meio do caos. E no meio do caos, uma única pessoa não atinginda pela cegueira, mas que precisa fingir estar cega para permanecer no hospicio em que seu marido é internado. Sim, é isso mesmo: HOSPICIO. No filme, a "Secretaria de Saúde" vai jogando os cegos em um hospicio.
O roteiro é fantástico. A direção, nem se fala. Fernando Meirelles conseguiu transmitir a agonia da história durante TODO o filme. A tensão é tanta que você é capaz de passar grande parte do filme sem ao menos piscar. Os atores estáo todos fantásticos. E nós, paulistanos, podemos ver nossa cidade e n dia seguinte achar o trânsito uma maravilha. Pois é irmãozinho, você vive a dizer que essa cidade é o caosEntão vai ver o filme, porque aquilo sim é o caos. É a luta pela sobrevivência, e até onde cada um é capaz de ir para sobreviver.
Sai do filme agoniada. No dia seguinte, ao acordar, tive medo de abrir os olhos e enxergar tudo branco. 

Motivos para assistir ao filme:

  • Roteiro: fazia tempo que eu não via um roteiro tão bacana, tão tenso, tão bem amarradinho
  • Fotografia: linda. As cenas do centro de São Paulo no meio do caos são demais
  • Direção: Fernando Meirelles. A direção é divina, não tenho uma vírgula para reclamar do filme. E é bem bacana ver que um diretor brazuca pode fazer um filmaço lá fora. E inclusive com algumas clausulas contratuais bem raras, como ser dele, e não da produtora, a versão final do filme. Vale a pena dar ler a  matéria da Bravo! (dica da Cíntia)
  • Aprovação: o filme foi aprovado pelo escritor do livro. Ta aqui o vídeo no YouTube p; provar: http://br.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY (também foi dica da Cíntia)
Além disso o filme é, simplesmente, fantástico. Mais um que vai para a lista de Top 10 drama. Se é que é um drama...... porque o ritmo é tão agoniante que tenho minhas dúvidas se não deveria encaixa-lo em triller.....

2 comentários:

  1. Discordo. Pra mim, o filme tem vários tropeços.

    As atuações, em sua maioria, são fracas. Até o Gael, que sempre se destaca, está péssimo. Diga que é cegueira branca, mas a maioria dos cegos não se porta como cegos, ainda mais cegos repentinos.

    A narração é terrível. Acontece, mal colocada. Em cenas, como do radinho, dá vontade de levantar da cadeira e dizer, "nossa, OBRIGADO por me dizer como eu deveria me sentir".

    Outro fator que me incomoda é que, comparado ao livro, ficou tudo muito menos podre, muito menos sofrido, muito menos intimista.

    E o que é a cena do "WE´RE FREE"? Vai soltar a baleia do cativeiro também? Por favor.

    Mas, como não dá pr ameter pau em tudo, gostei muito da descaracterização da cidade. No livro - e isso se manteve no filme, era uma cidade de parábola, inexistente e não classificável, e acho que isso se manteve no filme. Não que isso o salve. Ainda o acho um dos mais superestimados da temporada.

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  2. Eu gostei muito do filme, me tocou. Também achei que a direção foi de sensibilidade marcante.

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