quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Solaris

Ainda na fase "superando os preconceitos cinematograficos", resolvi assistir a um filme de ficção cientifica. Gênero que, confesso, não me atraí nem um pouco....

Resuminho da ópera:

Chris Kelvin (George Clooney) é um psicólogo que ainda sofre a perda de seu grande amor, alimentando um sentimento de culpa pela sua morte. Kelvin é convocado para investigar o estranho comportamento dos integrantes de uma estação espacial que orbita o misterioso planeta Solaris, que perdeu contato com a Terra. Inicialmente relutante, Kelvin decide partir após ver um comunicado de Gilbarian (Ulrich Tukur), seu grande amigo pessoal, solicitando sua ajuda na estação espacial por razões que não acha apropriado contar através da mensagem. Ao chegar na estação orbital Kelvin tem uma dupla surpresa: Gilbarian se suicidou e os outros dois cientistas apresentam sintomas de stress extremo e paranóia, resultado dos exames que realizaram no planeta. É quando algo inusitado ocorre na vida de Kelvin e ele reencontra, bem à sua frente, sua amada Rheya.'

Bom, o filme é muito mais uma trama psicologica do que uma ficção cientifica com correria, tipo Alien. No entanto, na minha opinião, é um tanto quanto superficial. Acaba se focando muito mais em um romance sem happy-end do que nos dramas psicologicos dos personagens. E é aí que o filme falha. Apesar de bonito, acaba sendo só mais um romance. É rápido (menos de 100 minutos, algo raro no cinema atual) e, consequentemente, superficial. Seria ótimo ver o drama psicologico dos demais integrantes da estação, assim como mais aprofundado também o drama do próprio Kelvin. Na minha opinião, o filme deveria ser mais intropesctivo e exploratório.

O filme é uma releitura do Solaris de 1972, baseado em livro do polones Stanislaw Lem. Esse, infelizmente não estará em nenhuma das minhas listas. No entanto, fiquei um tanto quanto curiosa para assistir a versão de 1972 e também ler o livro.

Gladiador

No fim de semana, venci meu preconceito contra "blockbusters" e assisti a um filme que me surpreendeu muito: GLADIADOR
Assisti por insistência alheia e por ter colocado como meta "superar meus preconceitos cinematográficos". E não me arrependi: o filme é envolvente, tem um ótimo roteiro, ótimos atores, é bem dirigido, tem uma fotografia bélissima e uma direção de arte.....
Tudo acontece no Império Romano. Aos fins de seu reinado, Marcus Aurelius decide passar o poder a um general, e não ao seu filho, Commodus. O filho se sente injustiçado, mata o pai e manda matar o general e sua família. A família morre, mas o general consegue fugir, é vendido como escravo e vira um Gladiador. O filme mostra um lado bem feio do Império Romano, com incesto e requintes de crueldade.

Na minha opinião, o filme é essencial porque:

  • Envolvente, daqueles que você fica com vontade de entrar na TV p/ estrangular o vilão
  • Direção de arte, que repoduz de uma maneira muito bacana o Império Romano, o Coliseu
  • Históra, é muito legal ver muita coisa que a gente aprendeu no colégio retratada ali, como se estivesse acontecendo agora. O Coliseu, as batalhas dos Gladiadores, o pão e circo..... hoje a gente pode ver tudo isso nos documentários do Discovery e do History, mas na minha época...... a gente só conseguia imaginar como era. E foi muito legal ver o pão distribuido no Coliseu, as batalhas na arena com tigres e o público decidindo se o Gladiador deve ou não morrer.
  • Fotografia, na minha opinião, o enquadramento das primeiras cenas é encanatador
Sem dúvida, esse filme estará em ao menos uma das minhas listas..... quais? Top 10 Épicos? Top 10 filmes "modernos"? Top 10 Dramas? Preciso pensar sobre isso.......

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dog Day Afternoon

Sexta-feira revi esse filme pela enéssima vez....... e, como sempre, continei deslumbrada com ele. Aliás, na minha opinião, os bons filmes, que merecem estar em uma lista de "Top 10" são esses: você vê, revê.... e nunca se cansa deles....

Tem direção de Sidney Lumet, diretor de filmes como "12 homens e uma sentença"; e o Al Pacino novinho, mas já famoso por sua atuação em "O Poderoso Chefão".
Um ex-bancário, junto com um amigo e um "conhecido" resolvem assaltar um banco. A operação, que deveria durar apenas 10 minutos e gerar dinheiro para que Sony (Al Pacino) banque a operação de mudança de sexo de seu namorado acaba dando errado. Os 2 assaltantes se vêm em um banco com reféns e cercado pela policia. Já naquela época (o fato real aconteceu em 1972), o circo armado pela foi tamanho que o banco estava cercado pela polícia e também por uma multidão de curiosos.
Considerado por muitos como um filme policial, para mim se trata de um drama extremamente envolvente. Não é óbvio e é um daqueles em que você acaba simpatizando com o vilão e, até, torcendo por ele.

Aqui vão alguns dos motivos que me encantam nesse filme:


  • Ótimo roteiro: A trama se passa, quase inteira, dentro de um banco. O que poderia ser cansativo, acaba sendo extremamente envolvente

  • Politicamente incorreto: é só reparar em um dos policiais na cena em que Leon conta seu drama........ se fosse hoje...

  • Realista: a inexperiência dos assaltantes fica clara quando Al Pacino saca a arma

  • Não é óbvio: muito do que você espera que vai acontecer simplesmente não acontece!

Enfim..... é um ótimo roteiro, com ótima direção e o Al Pacino da um show. O filme ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, e foi indicado em mais 5 categorias:

  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Ator (Al Pacino)
  • Melhor Ator Coadjuvante (Chris Sarandon) - Leon
  • Melhor Edição

É bacana citar ao que o filme concorreu porque, na década de 70, o lobby das distribuidoras ainda não era tão descarado, e, acredito, a academia ainda premiava bons filmes.


Esse filme, com certeza, estará na minha lista de "Top 10 - Dramas"........ aguarde a lista!